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"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!!!” – Mário Quintana -------------------------------- “Quando crescer quero ser exatamente igual ao que era quando criança: eu mesmo”. (Eu) Marcelo Santos é jornalista e trabalha como repórter. Pretende no futuro ser escritor,roteirista, poeta, biógrafo. Também esposo, pai, filho, irmão, neto, sobrinho e amigo de muita gente.

segunda-feira, abril 02, 2007

Caminhos para o futuro


Ele olhou a porta entreaberta.
Não mais pôde ser igual.

Suas mãos suadas, mente afligida, coração disparado.O que havia no pós-porta? Silhuetas de uma nova vida ?
Ele se viciou e não mais pode deixar de pensar na porta. Não podia mais conter-se entre as quatro paredes que abrigavam a história de sua vida; não mais.
Havia uma porta e havia vida atrás dela. Ele - já não mais incauto - sabia disso. Tentaram dissuadi-lo dizendo que era caprichos de sua fértil imaginação mas, até nisso, ele via motivos para fixar seus olhos para o além-porta.

Sabia que nada mais poderia fazê-lo retornar de onde saiu, não poderia se conformar com a ausência de uma vida não vivida.

Escreveu um bilhete onde se lia: "Minhas raízes estão aqui, isso eu sei. Agora preciso saber onde estão os meus ramos. Até breve". Depois disso, abriu a porta e seguiu seu caminho.

Dizem que ele nunca mais voltou. Outros contam que ele retornou para rever os amigos, mas os amigos não mais o reconheceram. Há ainda quem diga que ele nunca saiu, já que nada existia depois da porta e que tudo isso foi inventado por um atormentado sonhador para confundir os tolos.

De concreto apenas um rabisco na parede, próximo a porta, por onde supostamente ele partiu, depois de anotar: "Não há estradas para o passado; apenas caminhos para o futuro".