O mais indigno dos repórteres
Graças a Deus, há dois anos deixei de trabalhar apenas por dinheiro. Engana-se quem pensa que tenho um alto salário (muito pelo contrário). Também é claro que ainda exijo ser remunerado pelo meu trabalho, mas, não tem sido essa a minha principal motivação.
Nesta última semana, alcancei mais um objetivo de vida. Consegui publicar uma reportagem na tradicional revista Problemas Brasileiros (www.sescsp.org.br/sesc/revistas/pb), uma publicação do SESC-SP, com 45 anos de história. Isso, para mim, é um golaço. Aliás, nos últimos meses, consegui duas grandes vitórias: escrever para a Problemas Brasileiros e para a Revista do Brasil (http://www.revistadobrasil.net/rdb6/cultura.htm), duas publicações que respeito e admiro.
Tenho descoberto, com essas vitórias, que esse meu caminho não é marcado por uma excelência profissional, por um profundo conhecimento cultural ou habilidade técnica. Não. Sou o mais indigno dos repórteres. Tropeço nas palavras, nos pensamentos. Esbarro na falta de uma consistente bagagem acadêmica e cultural. Na fluência de outros idiomas. O que tem me ajudado é a Fé. Submisso, coloco meu coração diante de Deus. Em oração, eu peço que meu coração ardentemente desejou. Em oração vejo o que com os olhos naturais não poderia perceber. Sinto, respiro, me emociono. É assim que começo a escrever. Que planejo as pautas e que descubro, a cada dia, uma nova face da vida. Vejo que a Graça transcende espaços físicos, dogmas. Vejo que a fé não pode ser subjugada, catalogada e colocada à venda.
Fazei prova de mim, diz o bom Deus. Suas misericórdias duram para sempre. É assim, pela fé, que alcanço atalhos, ou melhor, outros caminhos.
Por isso, eu sou grato por esse cuidado que transcende meus esforços. Que me faz vivo e cheio de esperança. Que me faz sonhador, mesmo quando acordado.